Seis anos após a demolição do estádio João Cláudio de Vasconcelos
Machado, ou simplesmente Machadão, o jornalista Rubens Lemos Filho
conta, ao longo das 472 páginas do livro "Memórias Póstumas do Estádio
Assassinado", a trajetória do palco de grandes momentos do futebol
potiguar durante os 39 anos de sua existência. O exemplar será lançado nesta
quinta-feira, 9, a partir das 18h, no Salão Cristal da AABB, em Natal.
A obra destaca times
inesquecíveis, fatos históricos, culturais, políticos da cidade e
retrata vários personagens da época de ouro do "grande palco que virou
saudade", como diz o próprio autor, fã declarado do estádio, que em 2011, foi demolido para a construção da Arena das Dunas, que recebeu
quatro jogos da Copa do Mundo de 2014.
"O Machadão foi um marco do Rio Grande do Norte. Foi o grande palco
por onde desfilaram os maiores jogadores daqui, os grandes ídolos e onde
as grandes multidões se encontravam sem violência e o torcedor de
qualquer classe social tinha espaço. Enfim, uma época de ouro, 39 anos
que, por conta de uma Copa do Mundo, foi colocado abaixo. Procuro
resgatar essas histórias para que as gerações futuras saibam o quanto é
complicado destruir um patrimônio da sociedade, público e esse
patrimônio mostra o futebol-arte que era jogado no Rio Grande do Norte e
que, quem sabe, um dia volte e não apenas se torne um negócio", ressalta.
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