RISHON LEZION - Durante décadas ele foi um dos principais
jogadores de futsal em seu estado. Acostumado jogar ao lado de grandes estrelas
do salão, aos 55 anos o ex-atleta Gileno Souto viveu uma emoção bem diferente a
que estava acostumado quando se apresentava com a bola nos pés. Foi dele a
responsabilidade de conduzir a delegação brasileira que participou do último
Mundial Escolar de Futsal em Israel.
Com o bom humor que lhe é peculiar, Souto em nenhum momento
durante o torneio teve dúvidas de que o Brasil tinha potencial para conquistar
o título. Boleiro das antigas, o filho da dona “Nini” que acompanhou no alto
dos seus 79 anos todos os jogos do Brasil através da página da CBDE - Confederação Brasileira de Desporto Escolar - no
facebook, não escondeu a emoção por ter tido a chance de participar pela
primeira vez de um momento histórico como esse.
“Quando saiu a convocação a felicidade transbordou. Por
isso, antes de qualquer coisa, preciso agradecer ao presidente em exercício da
CBDE, Robson Aguiar, pela confiança. Estar em Israel foi uma das experiências
mais incríveis que tive na vida. Devo isso ao esporte que só me deu alegrias
como a de chefiar a delegação tri e tetracampeã do mundo na Terra Santa. Isso
com certeza eu jamais irei esquecer”, disse emocionado.
Sobre o legado que uma competição internacional desse nível
deixa na vida dos jovens, Gileno disse acreditar que quando você tem um sonho
ele pode sim se tornar real.
“Agora no aeroporto eu falava com as meninas do Lourdes Lago
justamente sobre isso. Uma delas me dizia que parecia estar vivendo um sonho. E
eu a disse que quando você acredita, ele pode se tornar real. Acho que o maior
legado que um campeonato mundial deixa é o conhecimento que você adquire. Nesse
Mundial, por exemplo, a Federação Internacional do Desporto Escolar criou
passeios culturais e eventos sociais após os jogos fazendo com que os jovens
não ficassem parados. Isso tem uma importância pedagógica significativa e com
certeza é o maior aprendizado”, destacou.
Impressionado com o carinho israelita recebido durante o
torneio, Souto revelou a vontade de voltar ao país.
“Por sua importância histórica, Israel recebe turistas do
mundo inteiro durante todos os dias do ano. No dia cultural, deu para termos
uma ideia do tamanho disso e com certeza, sobretudo pelo carinho como o povo
israelita trata os brasileiros, eu um dia espero voltar para conhecer os
lugares que ainda não fui. A cada viela em Jerusalém, a história se revela e
você se emociona”, contou.
De volta ao Brasil, Gileno quer agora rever seus filhos, dar
um beijo em sua mãe e comer um legítimo feijão brasileiro.
“Aos poucos vamos voltando ao cotidiano. Estou louco de
saudade de minha mãe, filhas e da legítima comida do meu Nordeste. Agora é
chegar em casa e colocar a água no fogo pra fazer um feijão com tudo que tem
direito e comemorar, afinal de contas o ouro é nosso”, revelou o chefe do
Brasil no Mundial Escolar de Futsal.
A delegação brasileira chegou ao Brasil na noite de quinta-feira, 22, no
Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Departamento de Comunicação da CBDE
Coordenação e texto: Jesus Filho
Foto: CBDE/Divulgação
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