Everaldo e Edmar, a dupla do "Cartão Amarelo"

A mente do torcedor está sempre ocupada por lembrar de duplas que fizeram sucesso em várias modalidades esportivas. No futebol, por exemplo, entre outras, Pelé e Coutinho, no Santos; Assis e Washington, no Fluminense; aqui no futebol potiguar Assis e Pancinha, no América; Pedrinho e Valdomiro, no Alecrim; e Silva e Marinho Apolônio, no ABC. No basquete vale mencionar a formada por Hortência e Paula.
Pois bem! No jornalismo aqui da terrinha, durante muitos anos uma dupla fez um sucesso danado. Refiro-me aos jornalistas  Edmar Viana - chargista - e Everaldo Lopes, com a coluna "Cartão Amarelo". Criada por Everaldo Lopes, quando foi editor de esportes do Diário de Natal, embora  enfatizasse todos os segmentos da sociedade - política, saúde, segurança, economia, esportes - os fatos do cotidiano eram traçados com certa dose de humor. 
A coluna Cartão Amarelo, que ressaltava mais o lado engraçado da notícia, pegou uma carona na seriedade dos cartões amarelo e vermelho, que foram introduzidos pela FIFA pela primeira vez no futebol na Copa do Mundo do México, em 1970. O amarelo para indicar uma falta grave e o vermelho para indicar uma expulsão. Por essa razão, talvez. sempre ocupou espaço na página de esportes do jornal.
O curioso é que nas modalidades esportivas as duplas podem ser desfeitas quando um dos componentes se transfere para outro clube. Isto, porém, não ocorreu com Edmar e Everaldo. Vejamos. O trabalho dos dois seguia muito bem no Diário de Natal, quando de repente, o segundo foi despedido do jornal, e não demorou muito a ser contratado pelo concorrente Tribuna do Norte. 
E agora, José? Como fica o artigo Cartão Amarelo, sem um de seus titulares? Bem. Como seu criador,  Everaldo o levou para a Tribuna do Norte juntamente com o seu companheiro Edmar Viana. O foto gerou uma discórdia entre Diário de Natal e Everaldo, tendo, inclusive, parado na justiça, que nada resolveu. Prova disso é que, a coluna Cartão Amarelo permaneceu no Diário de Natal com o chargista Ivan Cabral e na Tribuna do Norte com Edmar e Everaldo.
Sobre os dois personagens, aqui em Natal, Edmar torcia pelo Alecrim e no Rio de Janeiro pelo Fluminense. Já Everaldo dizia torcer apenas pelo América de Natal. Os dois parceiros são falecidos. O primeiro morreu no dia 25 de março de 2008, aos 52 anos, enquanto o segundo viveu mais, pois, partiu para o plano superior em 26 de dezembro de 2018 aos 88 anos.
Por Manoel Cirilo  



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