A expectativa na cidade de pouco mais de 30 mil habitantes era enorme com vistas aos festejos programados para o dia 28 de outubro de 1928. Naquele dia o governador Juvenal Lamartine de Faria inaugurou o então maior campo de futebol da região, com capacidade para 5000 pessoas, dotado de arquibancadas de madeira, coberta com folha de zinco, possuindo sanitário, vestiários, e com um vistoso portão de entrada, em forma de arco, onde agitavam as bandeiras dos filiados.
Possuía também bilheterias modernas, o que não acontecia com os campos já existentes sem nenhum conforto para os torcedores. Para os festejos de inauguração foi convidado o Esporte Clube Cabo Branco, de João Pessoa, que perdeu para o ABC por 5 a 2.
O trabalho do arquiteto Clodoaldo Caldas foi destacado pela beleza do sistema adotado para as arquibancadas. O modelo adotado foi o mesmo que existia no estádio de Belém.
Durante esse tempo, várias reformas foram introduzidas no JL. Dentre elas uma em 1951, com um fato pitoresco. O vice-presidente da República João Café Filho, de passagem por Natal, foi convidado para assisti a um amistoso entre ABC e Santa Cruz de Recife. Alguns estalos no madeirame das arquibancadas no estádio, surgiram na hora do gol, assustaram o presidente e sua comitiva, tendo ele ao retirar-se assegurado e posteriormente liberado Cr$ 20.000 (vinte mil cruzeiros, moeda da época) para melhoramentos.
Anos depois, já na administração de João Cláudio de Vasconcelos Machado, foi construída a grande arquibancada de cimento das gerais. Em 1983, na gestão de Domício Damásio, foi alterado inteiramente a parte física do estádio na parte da administração. (Fonte: livro Os Esporte em Nata, do jornalista falecido Procópio Neto).
Em tempo: hoje, o velhinho não tem o que comemorar, pois, vive em completo abandono.