Futsal, o primo pobre do ABC Futebol Clube. Há pouco mais de um mês a equipe de futsal do alvinegro realizou um sonho que há muito acalentava: conquistou o título de campeão da Liga do Nordeste. Ao retornarem a Natal – a competição aconteceu na cidade de Moita Bonita, Sergipe - os atletas, comissão técnica e diretoria autônoma – Rubens Lemos Filho, Arturo Arruda e Canindé Claudino – foram ovacionados pelos dirigentes do primo rico, o futebol. Inclusive, foram homenageados com troféu e tudo mais em pleno gramado do Frasqueirão.
O título conquistado em cima do “calo” Moita Bonita credenciou o alvinegro potiguar a disputar a divisão especial do futsal brasileiro – uma espécie de série A do Campeonato Brasileiro de Futebol, ainda este ano. Todavia, para surpresa dos dirigentes do futsal, e também de sua legião de torcedores, o “filho adotivo do elefante” não vai poder disputar a elite do futsal brasileiro.
De acordo com Rubens, o Lemos, cerca de R$ 60 mil fazem com que o alvinegro não represente o Estado na competição nacional, o que será feito pela equipe de Macau, para evitar que o Rio Grande do Norte perca a vaga. Essa quantia seria gasta com as despesas, principalmente, com hospedagem da delegação.
Todos torcedores alvinegros sabem que o clube não anda nadando em dinheiro, e que prioriza o futebol. Mas, pelo momento por que passa o ABC, com certeza, com um pouquinho de esforço o problema teria sido equacionado. Prova disso é que depois que o perdeu a vaga e, consequentemente rebaixado, a diretoria encontrou a solução. Aí, já era tarde.
Os dirigentes do ABC deveriam entender que o futsal bem cuidado, também aglomera torcedores e pode ser uma fonte de divulgação do clube-empresa. É só lembrar-se de 2006, quando o ABC conseguiu colocar mais 12 mil pagantes, no ginásio Humberto Nesi, Machadinho, diante do Malwee de Falcão & Companhia, pela Taça Brasil de Clube.
Hoje, os amantes e praticantes do futsal norte-rio-grandense devem rezar muito para que Rubens Lemos, Arturo e Claudino não se desmotivem com o ocorrido, como já ocorreu com Artur Ferreira e alguns abnegados do América, anos passados. Caso contrário, tchau futsal potiguar!
Por Manoel Cirilo
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