O rádio também deixa saudade

É comum ouvir de torcedores de ABC e América - em rodas de bate-papo - citarem grandes nomes de jogadores de futebol do Brasil que jogaram em Natal, nas décadas de 70 e 80, principalmente. Entre muitos, os alvinegros se lembram de Danilo Meneses, Jorge Demolidor, Edson, Libânio, Maranhão, Alberi, Arildo, Draílton. Os americanos, por sua vez, sentem saudade de Hélcio Xavier, Gilson Porto, Jangada, Scala, Ubirajara, Baltazar, Didi Duarte e tantos outros.
Particularmente, eu que assisti a partidas memoráveis desses e de muitos outros jogadores, me associo ao clube do saudosismo formado por esses torcedores. Hoje, é raro ver “profissionais da bola” com as qualidades técnicas daqueles que levaram multidões aos estádios.
Como cronista esportivo, porém, sinto também saudade de outros profissionais, que através dos microfones deram seus recados nas “latinhas” de nossas emissoras de rádios. Na mesma época, por aqui passaram grandes nomes da radiofonia esportiva brasileira.
Quem não se lembra do Celso Martinelli que, na Rádio Cabugi inovou o modelo de apresentar as resenhas. Na Rádio Nordeste, a lembrança vem de Aldir Frazão Duldemant e do mineiro Lucélio Gomes, que sempre encontrava uma maneira de atrair a audiência do torcedor. Uma dessas maneiras era sortear prêmios – rádio, relógio, panela de pressão, ingressos – com o ouvinte.
A Rádio Poti, a pioneira, também trouxe um nome de peso para o rádio potiguar: César Rizzo. Ele veio da Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde fazia dobradinha com Doalcey Bueno de Camargo. Sem dúvida, Cesar foi um dos grandes narradores de futebol do País. Posteriormente, a Poti contratou também o narrador Paulo José, chamado carinhosamente de operário da comunicação. Paulo gostou terminou seus últimos dias de vida na capital potiguar.
Além desses, integraram a crônica esportiva de Natal, os narradores Roberto Machado, João batista - o Diamante Negro -, Jota Santiago, que ainda hoje trabalha no Rio de Janeiro, e Marco Antonio Antunes – foto, o Garotinho da Copa -, já falecido, todavia, de boas lembranças.
Nos dias atuais, a única importação entre nós é o gaúcho Marcos Lopes, da Rádio Globo Natal, que veio, viu e venceu. Marcos é um dos grandes narradores de futebol do Brasil, a serviço dos esportes norte-rio-grandenses.
Por Manoel Cirilo

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