Uma grande festa sem as principais estrelas. É assim que alguns fãs de kart, ginástica artística ou MMA analisam o Prêmio Dez 2011. O evento conta com um nível de organização, patrocinadores e um belo palco, o Teatro Alberto Maranhão, só que alguns dos atletas que melhor representam o Rio Grande do Norte não foram lembrados. Victor Uchôa e Johilton Pavlak, no kart, Gleison Tibau, no MMA, e Ana Cláudia Silva, na ginástica artística, conseguiram façanhas impressionantes, mas não foram premiados.
Enfrentando atletas melhor estruturados e mais experientes, Victor Uchôa conseguiu feitos incríveis para um piloto de nove anos: foi campeão brasileiro, vice-campeão mundial final D, na Itália, e campeão do GP Brasil. Já Johilton Pavlak foi bicampeão brasileiro e passou a ser o representante do Rio Grande do Norte na Fórmula Future, que é a porta de entrada para a Ferrari.
Em seu quinto ano no Ultimate Fighting Champioship, Gleison Tibau foi mais cotado do que nunca para disputar o cinturão do evento mais importante do MMA mundial, ao vencer a lenda japonesa Caol Uno.
Ana Cláudia Silva iniciou o ano sendo contratada pelo Flamengo e conquistando quatro medalhas no Sul-Americano. Além disso, foi embaixatriz do Comitê Olímpico Brasileiro em Natal e convocada para a Seleção Brasileira Permanente, que se prepara para a disputa dos Jogos Olímpicos de 2012.
Um caso mais estranho é o de Gleison Tibau, que só foi lembrando pelo Prêmio Dez em um ano que a Revista Dez era patrocinada por uma empresa que apoiava o atleta. Nos outros anos, ele sequer foi lembrado, segundo ele, porém, pelo menos nesse ano foi escolhido um bom nome no MMA.
“O meu questionamento é mais em relação aos anos anteriores. Em cinco anos de UFC, eu só fui indicado em um ano. Nos outros anos, infelizmente, não houve reconhecimento. Estou feliz porque neste ano escolheram Renan Barão que foi contratado pelo UFC. Ele está começando no evento e espero que não sofra os mesmos problemas na sua terra, quando crescer como eu venho evoluindo”, disse Gleison Tibau.
Ana Cláudia Silva diz conhecer pouco sobre o evento, já que nunca foi lembrada, apesar de ter sido vice-campeã mundial, finalista olímpica, campeã brasileira e sul-americana diversas vezes. “Eu não entendo bem como funciona esse Prêmio Dez. Sempre são escolhidas atletas escolares. Mas procuro não questionar porque tenho um relacionamento muito bom com a federação e ela deve ter seus motivos para escolher outra atleta”, comentou.
Por Carlos Guerra Junior
Nenhum comentário :