A prática do surfe é essencial na vida do oftalmologista Ricardo Maia. Cinco dias por semana ele busca nas ondas do mar a tranquilidade que nem sempre está presente na correria do dia-a-dia. "Como eu sou hiperativo, o fato de ficar dentro d'água, esperando a onda, me ajuda. É a hora que eu paro tudo o que eu estou fazendo para curtir o surfe, me concentro só nisso", disse. O esporte é um lazer há muito tempo, mas há seis anos passou a ser a principal atividade física dele. Pelo menos uma vez por ano, o médico viaja para pegar onda em outros países.
"Já fui para o Peru, Costa Rica, Indonésia. Todo ano fazemos uma viagem dessas. E todos os meus pacientes sabem que eu surfo, sabem o período do ano que eu viajo, e sabem que eu volto muito melhor. Quando eu vou surfar fora do País eu paro 10 dias. Então são dez dias com o celular desligado, desligado de tudo", disse. O grupo de amigos que surfa com Ricardo é formado por jovens coroas de mais de 40 anos de idade. "Sou o mais jovem de todos", explica.
Para ele, o surfe não é apenas pegar onda, é sair de casa com os amigos que têm atividades profissionais completamente diferentes da sua, ter contato com a natureza, compartilhar bons momentos, e ainda cuidar da saúde. Aliás, a saúde é um cuidado constante na vida de Ricardo. "Eu sempre me cuidei, mas a idade está chegando e os cuidados vão aumentando também", afirma. Além do surfe, ele frequenta academia três vezes por semana, pedala e pratica corrida de rua. Sua maior preocupação é o dia de hoje.
"Eu vejo muitos colegas que vivem uma vida futura, deixando de lado coisas importantes do dia-a-dia, que não voltam. Às vezes a gente entra em um ciclo vicioso, você tem um carro bom, mas quer ter outro, tem uma casa boa, mas quer ter outra. Trabalha-se tanto para conseguir tudo isso que às vezes o dia de hoje fica esquecido".
Fonte: Perfil, edição de hoje, de O Poti/Diário de Natal
Foto: Ana Amaral, do DN
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