Joana Neves e Thalita são recebidas com festa

As medalhistas paralímpicas Joana Neves e Thalita Simplício foram recebidas com festa no Aeroporto Internacional Aluízio Alves, na Grande Natal, no fim da tarde de terça-feira, 20. Muitos amigos e familiares foram abraçar as atletas potiguares que se destacaram nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Alguns deles estavam reunidos na frente da área de desembarque desde 16h40 e não contavam com o atraso de quase uma hora.
Maria de Fátima, mãe de Thalita, reclamava do nervosismo sentido pela espera da filha. Ela esteve presente nas competições no Rio de Janeiro e assistiu de perto à conquista da medalha de prata da atleta, mas conta que era "difícil controlar os nervos". 
"Antes das provas, eu falava para ninguém falar comigo. Ficava muito nervosa e já respondia as pessoas no grito. Mas era muito emocionante, a vibração da torcida, todos gritando 'Brasil' , disse.
Thalita, que tem 19 anos, foi a mais nova atleta da delegação do Estado. A medalha veio no revezamento 4x100m no atletismo, na categoria T11 (deficientes visuais). A Rio 16 foi sua primeira Paralimpíada e, segundo ela, superou todas as expectativas que haviam em torno de seu desempenho.
"Eu não esperava nem chegar à final. Minha meta era estar nos jogos, eu esperava correr. Chegar à final e ganhar uma medalha é uma honra muito grande porque eu não sonhava que ia estar numa Paralimpíada porque eu comecei isso aqui como pura brincadeira", declarou a atleta, emocionada ao lembrar da sensação ao entrar no estádio e sentir a vibração da torcida.
Joaninha conquistou as medalhas de prata na prova de 50m livres e no revezamento 4x50m, nadando ao lado do também potiguar Clodoaldo Silva. Também ganhou a medalha de bronze nos 100m livre da classe S5. A nadadora já havia participado dos Jogos de Londres 2012, no qual faturou o bronze nos 100m borboleta.
"É preciso não desistir de viver. Não perder a vontade da vida. A gente tem que viver, tem que ser feliz", disse Joaninha sobre superar as dificuldades causadas pela deficiência física.
Thalita e Joaninha também receberam o carinho dos nadadores Rildene Fonseca e Adriano Lima, veteranos que também estiveram na Rio 2016. A dupla destacou a evolução do esporte paralímpico de alto rendimento ao longo dos anos.
"O esporte ajudou [os deficientes] a terem visibilidade. Dificuldade sempre tem, sempre vai existir, mas a gente vai melhorando a cada ano que passa e, depois dessa Paralimpíada, mais ainda. Não temos mais aquela característica de coitadinho. Nós somos atletas tanto quanto os outros", disse Rildene, que participou no Rio da sua sexta Paralímpiada. 
Globo Esporte Natal, foto de Luiz Henrique

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