A etapa final da sétima edição do Campeonato Interiorano de Voleibol teve um elemento motivador na arquibancada do ginásio Osmundo Faria, na cidade de Monte Alegre, a 35 km de Natal. Os jogadores e os torcedores puderam conhecer de perto um ícone do vôlei brasileiro, o ex-levantador Maurício Lima (entre as mulheres), bicampeão olímpico e tetracampeão mundial. Os fãs fizeram fila para receber camisas autografadas e tirar selfies com o ídolo no domingo, 27.

Dalva Pereira, de 37 anos, era uma das mais empolgadas. Ela festejou a presença do ex-jogador, que prestigiou o último dia da competição a convite de um patrocinador e da Federação Norte-rio-grandense de Vôlei.

"É a primeira vez que estou vendo ele. É importante o incentivo. A gente está jogando aqui e lutando com todas as dificuldades, e vendo ele que veio de longe só para prestigiar a gente. É um incentivo muito grande. Muita gente veio aqui só para vê-lo", disse a jogadora.

Ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992 e Atenas 2004, Maurício acredita que essa fase vivenciada por cada jogador no Campeonato Interiorano é preciosa na modulação de suas escolhas pessoais e na formação de valores. O ídolo foi o responsável por entregar as medalhas e troféus durante as finais.

"Curtam muito esse momento. É muito importante. O esporte engrandece muito, seja ele qual for. E vocês que estão nessa fase têm que aproveitar, independentemente se vai ser atleta de alto nível ou não. Os valores que aprendem dentro de quadra, que o esporte dá, são fundamentais para a formação de caráter das pessoas, do cidadão", aconselhou o ex-levantador.

Afrânio Aurélio, um dos membros da comissão organizadora do interiorano, vislumbra o evento como uma alternativa de difusão do vôlei no interior e uma maneira de gerar oportunidades aos que sonham em seguir no esporte.

"É a primeira vez que vem um atleta de renome nacional. Maurício é de uma geração campeã, isso motiva os atletas a pensarem que podem chegar onde ele chegou. A imagem que nós temos é que estes ídolos que vemos pela televisão são deuses, mas não são. São pessoas de carne e osso como nós, que tiveram uma oportunidade na vida e aproveitaram, chegaram onde chegaram com trabalho; aproveitaram a oportunidade que foi dada. O caminho é árduo, mas não quer dizer que não possam tentar. Temos bons atletas no interior. Essa competição interiorana é uma congregação da modalidade voleibol no estado e não deixa de ser um sonho dessa garotada chegar a uma seleção brasileira", incentivou Afrânio.

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