Ecildo Lopez de Oliveira tinha 34 anos,
uma carreira de atleta pela frente; tinha sonhos e conquistas no
futebol; tinha talento e sucesso, quando tudo aconteceu, em 1998. Um acidente de trânsito lhe decepou as duas pernas, o talento e carreira futura no futebol. Mas não arrancou seus sonhos. “Por que eu iria me lamentar? Não.
Encarei a vida com outra perspectiva. Reclamar não ia resolver nada.
Adpatei-me e fui à luta”, contou o paratleta.
Os quatro meses de tratamento para se
recuperar do acidente foram em Brasília. De onde ele já saiu dando a
primeira mostra de que a vontade de viver é uma das forças mais
poderosas da natureza. “Dirigi um carro adptado até em casa,
aqui em Natal”, contou sem nenhum tom de bravura, como quem anuncia que
atravessou a rua pela faixa de pedestres.
No mesmo ano, decidiu se envolver com o tênis de mesa. Nunca mais parou, sendo, atualmente, o
recordista mundial. Ninguém no planeta tem mais medalhas em competições
internacionais do que ele, que soma 50. Não foi a falta de membros
inferiores que impediu Eceildo de caminhar em direção ao pódio da
própria vida.
Ecildo conversou com a reportagem
enquanto participava de uma audiência pública sobre esportes na
Assembleia Legislativa. Aos 53 anos, não pensa em desistir. E sua maior
conquista ainda emociona. “Foi em 2007. Quando fui ouro nos Jogos Parapan-Americanos”, lembra com orgulho, antes de deixar uma mensagem.
“Você me pergunta como reagi quando minha
vida sofreu esse choque. Olhe, eu num tive um dia de depressão porque
eu reagi. Eu depositar ação. Aprendi que agir, que procurar soluções ao
invés de focar no problema traz resultados. Por que gastar energia se
lamentando se ela pode ser usada para nos impulsionar?”.
Por Dinarte Assunção/Ponto ID
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