Carnaval? Ela até curtiu, mas a prioridade continuou sendo os treinos. Ana Raquel Montenegro (de óculos na foto),
atleta de paraciclismo da Sadef – Sociedade Amigos do Deficiente Físico
- do RN, está com o foco totalmente voltado para a conquista de uma vaga
para o Parapan-Americano, que acontece em agosto, no Peru. “O Brasil tem
5 vagas asseguradas, e estou na briga por uma delas. Por isso, 2019 vai
ser um ano de calendário cheio, para ganhar ainda mais experiência”,
diz a atleta.
Nesta sexta, 8, ela embarca para a segunda
competição da temporada, o GP Jataí de Ciclismo, em Goiás. O diferencial
dessa disputa é que ela vai competir em duas categorias, entre elas a
Elite Feminina, com atletas sem qualquer deficiência. Ana Raquel nasceu
com a Síndrome de Poland, que é rara, afeta a região torácica e é
caracterizada pelo subdesenvolvimento ou ausência do músculo peitoral.
Em alguns casos, como o dela, provoca sindactilia nas mãos, que é quando
os ossos ou membranas dos dedos estão unidos.
Na categoria
PCD - Pessoa com Deficiência - ela vai competir junto aos homens, porque
não tem concorrentes inscritas. “Vai ser uma excelente oportunidade de
ganhar experiência e melhorar minhas marcas, sendo ‘puxada’ por
adversários com um nível mais elevado”, avalia.
No mês
passado, Ana Raquel disputou a 1ª etapa da Copa Brasil de Paraciclismo,
no Paraná, e ficou com a segunda colocação nas provas de Resistência e
Contrarrelógio. “O clima estava muito seco, foram provas bem difíceis.
Em abril, acontece a segunda das 3 etapas, em Brasília, e também estarei
lá. A Copa Brasil é uma competição importante, e que conta pontos para o
ranking que define as vagas para o Peru”, diz ela.
Foto e texto: Liziane Virgílio/Assessoria de Imprensa
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