Através de e-mail o leitor deste espaço, Matheus André, morador do bairro do Alecrim, aqui em Natal, me pergunta se há registro na na história do futebol do Rio Grande do Norte, que algum jogador que começou atuando na "linha" trocou a posição pela a de goleiro.
Olha Matheus, à procura da resposta já vasculhei todas as prateleiras de minha memória e não encontrei nada a respeito. Entretanto, a história registra que, as vezes que uma equipe é obrigada a substituir o goleiro por um jogador de outra posição, o que entra geralmente se supera. Ou seja, não faz feio. E Como uma conversa puxa outra, um dos jogadores de linha que mais atuaram no gol foi Pelé: quatro vezes.
De acordo com o site Memória EC, a primeira ocorreu em 4 de novembro de 1959, no duelo contra o
Comercial, pelo Campeonato Paulista. Aos 19 minutos do segundo tempo, o
arqueiro Lalá se machucou. Como não eram permitidas substituições na
época, um jogador da linha precisava ir para o gol. E Pelé, que
costumava brincar na meta em treinos, se ofereceu. E cumpriu a missão
com louvor, não sofrendo gol e garantindo a vitória por 4 a 2.
A segunda aconteceu no dia 19 de janeiro de 1964, diante do Grêmio de Porto Alegre, pela Taça Brasil, quando o Santos venceu por 4 a 3, com três gols de Pelé. Mas o Rei não se limitou a ser o artilheiro da partida, disputada no Pacaembu. Para assegurar a classificação do
Peixe para a decisão, Pelé teve que fazer mais: trocou a camisa 10 pela
número 1 e foi para o gol, substituindo Gylmar, que foi expulso aos 41
minutos do segundo tempo. Foram poucos minutos na meta, mas Pelé teve que trabalhar, fazendo duas
defesas, uma delas com certo grau de dificuldade, segundo relatos de
jornais da época.
Conforme o site, a terceira vez foi curiosa. Em novembro de 1969, a expectativa geral no
futebol brasileiro era saber quando Pelé marcaria o seu milésimo gol. No
dia 14 daquele mês, o Santos foi a João Pessoa enfrentar o Botafogo-PB.
Quando o placar marcava 3 a 0 para o time peixeiro, com um gol de Pelé - o de
número 999 na carreira - o Rei substituiu o goleiro Jair Estevão. Uma
alteração que muitos jornalistas e torcedores consideraram estranha. O
motivo da alteração seria evitar que o milésimo gol ocorresse em jogo
amistoso na Paraíba. Cinco dias depois, o gol 1000 ficou eternizado no
Maracanã, em um pênalti cobrado por Pelé diante do Vasco.
Segundo ainda o Memória EC, Pelé voltou a vestir a camisa de goleiro em 19 de junho de 1973, quando
substituiu Cláudio em amistoso nos Estados Unidos contra o Baltimore
Bays. Vitória santista por 4 a 0.
Por Esporte Amador RN
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