É leitores! Parece que o Rio Grande do Norte é mole mesmo. Vejam só. No dia 15 de abriu de 1981, o excelente meia Didi Duarte, do América, marcou um gol no ABC, o qual poderia ter sido registrado no Guiness Book - o livro dos recordes - como o mais rápido do mundo. Isso não foi possível, sabe o porquê? Porque a única televisão que poderia confirmar a rapidez e o tempo exato do gol, chegou ao estádio Machadão com o jogo já em andamento. Assim, sem as imagens do lance, ninguém pode afirmar o tempo correto em que o gol foi marcado. É muita moleza!
Mas, a indolência do Rio Grande do Norte velho de guerra não fica por aí. Antes, fato semelhante ocorreu com o lateral do ABC Anchieta, que em 1971, teve a responsabilidade de preencher a lacuna deixa pelo grande Marinho Chagas, quando este se transferiu para o Náutico de Recife.
Anchieta trabalhou mais de 10 anos como jogador de futebol profissional. No ABC, ele participou da campanha do tetracampeonato estadual de 1970, 1971, 1972 e 1973, além de ter viajado com a delegação do clube que excursionou à Europa. Foi um profissional extremamente disciplinado, Prova disso é que nunca foi expulso de campo. Dessa forma, preenchia o requisito exigido para receber o Prêmio Belfort Duarte.
Apenas para lembrar, o prêmio era, à época, uma condecoração concedida pela Confederação Brasileira de Futebol a jogadores de futebol, amadores ou profissionais, que não tivessem sido expulsos durante 200 jogos oficiais ou no mínimo 10 anos de carreira. Esses
jogadores recebiam um diploma, uma medalha e uma carteirinha que concedia a
entrada gratuita em qualquer estádio de futebol no Brasil.
Pois, bem. o nosso Anchieta deixou de receber tudo isso. Motivo: a
Federação Norte-rio-grandense de Futebol não dispunha de arquivos que comprovasse a ótima conduta desse belo profissional da bola nos gramados. Aí, é como diz o título da música da cantora de forró Hermelinda: "É mole, ou quer mais".
Por Manoel Cirilo
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