Eita que memória velha de guerra! Dando uma olhada no Facebook do amigo Ribamar Cavalcante, fiquei sabendo do aniversário de 55 anos de Tião, atacante do ABC do final dos anos 60 e início dos anos 70. No seu face, o pesquisador do futebol potiguar fala em Tião e Tião Medonho (na foto, agachados, o segundo da esquerda para a direita). São dois, um Medonho e o outro nem tanto.
Aí, me vem a lembrança de Tião, o Medonho, que defendeu o alvinegro em 1968. À época, ele era chamado pelos narradores e repórteres de Sebastião. Com o tempo, passou a responder por Tião Medonho.
Sobre o Sebastião ou Tião Medonho de 1968, que veio do Ferroviário para o ABC, tem um fato curioso na carreira desse ex-profissional de futebol. Vejamos. No finalzinho de novembro de 1974, eu arranjei um emprego para trabalhar como auxiliar de cozinheiro no hospital Sanatório de Natal, hoje, Giselda Trigueiro, localizado no bairro das Quintas.
Lá conheci um rapaz por nome Sebastião, que trabalhava no açougue do hospital. Como eu gostava muito de futebol e o açougueiro também, inclusive, ele jogava de médio volante em equipes amadoras de Natal, entre outras, Calouros Abecedistas e Bonsucesso, as nossas resenhas de intervalo de almoço eram sempre sobre futebol.
Um dia, falando a ele que eu gostava muito do futebol do centroavante Sebastião, do ABC, ele me falou que o atacante era seu irmão. No início, levei na brincadeira, sem entender como era que um pai batizava dois filhos com o mesmo nome. Aí, Sebastião "Açougueiro" explicou: "Foi assim. Quando meu irmão foi assinar contrato com o Ferroviário, ele não tinha Registro de Certidão de Nascimento e, em razão disso, pegou o meu registro e entregou ao clube. E assim ficou. João, que era ele, com o nome de Sebastião, que sou eu".
Pense em um "balaio de gatos". João que passou a ser Sebastião, que passou a ser Tião, que passou a ser Tião Medonho. São coisas do futebol!.
Foto; arquivo de Ribamar Cavalcante
Por Manoel Cirilo
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