O ano de 1915 pode ser considerado de ouro para o futebol do Rio Grande do Norte. Isso porque, os três grandes clubes dessa modalidade esportiva do Estado, especialmente, de Natal, foram fundados em um espaço de tempo inferior a dois meses no referido ano. Observe. O ABC, no dia 29 de junho, o América, no dia 14 de julho, e o Alecrim em um dia como o de hoje: 15 de agosto.
Contudo, é sobre o clube periquito que vamos falar um pouco neste sábado, 15. De acordo com historiadores e jornais da época, o clube foi fundado por um grupo de rapazes, entre os quais Solon de Andrade - morador da residência onde foi realizada a reunião - e João Café Filho, que foi goleiro da equipe e, posteriormente, presidente da República.
 A ideia inicial que motivou a fundação do clube esmeraldino, segundo relata a história,  tinha como objetivo principal ajudar de forma filantrópica as crianças pobres do bairro que lhe deu origem.

A história registra também que o Alecrim Futebol Clube conquistou sete títulos estaduais: 1924, 1925, 1963, 1964, 1968, 1985 e 1986. Todas essas conquistas são importantes. Todavia, uma das mais festejadas pela torcida verde é o título invicto de 1968. Nesse campeonato, o verdão jogou 10 vezes, com sete vitórias, três empates e, consequentemente, nenhuma derrota. Marcou 24 gols e sofreu apenas oito. Aqui estão os heróis desse desempenho:  Eliezer; Luizinho, Miro, Cândido e Anchieta; Pedrinho e Valdomiro; Zezé, Elson, Icário e Burunga. Técnico: Pedrinho Teixeira.

Em homenagem a essa ótima performance do tine  periquito durante esse campeonato, o radialista José de Souza, da então Rádio Cabugi, gravou uma música estilo forró, cuja letra era a seguinte: "Eu nunca vi coisa tão boa, como ele sabe jogar, o time do Alecrim, na capital de Natal. Venci o América e vou dá no ABC, a turma vai ver, quando for jogar. Também no Atlético e no Ferroviário, Riachuelo é otário, não dá nem pra comentar. Tá muito legal, mas o bom pra mim, é o time do Alecrim na capital de Natal". 

À família do Alecrim Futebol Clube, nossos parabéns!

Por Manoel Cirilo