Imóvel do Potiguar de Mossoró pode ir mesmo a leilão

Não avançou a negociação entre a gestão do Potiguar e algumas empresas na tentativa de vender o terreno onde está localizada a Associação Cultural e Desportiva Potiguar. Com isso, muito provavelmente o imóvel irá para o leilão virtual nesta quarta-feira, 23, como está previsto pela programação do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT/RN).

O terreno está situado em espaço valioso, no centro da cidade, medindo uma área total de 5.493.11m² de superfície. A justiça avaliou o valor do terreno em R$ 5.703.801,62 para o primeiro leilão e, para o segundo, pela metade do preço. O imóvel foi dado pela Justiça como garantia para pagamento de débito trabalhista em processo movido pelo ex-jogador do alvirrubro, o atacante Luís André. A ação, que já está transitada em julgada, foi registrada em 2013.

A diretoria do clube mossoroense teme que, no leilão, o terreno seja negociado com valor abaixo do mercado, dependendo dos lances que serão dados pelos possíveis arrematadores. Por isso, a ideia é tentar vendê-lo sem precisar dessa modalidade de licitação, o que não aconteceu até a segunda-feira, 21.

Os dirigentes alvirrubros tratam o assunto com reservas, evitando entrar em detalhes. Há informação de que um grupo cearense demonstrou interesse na compra do imóvel, mas a negociação não avançou por detalhes referentes à garantia de pagamento. O clube também teria oferecido para alguns empresários locais, mas estes teriam recusado alegando dificuldades para uma nova construção no local por se tratar de uma área próxima ao Rio Mossoró, com base no plano diretor da cidade.

A proposta do Potiguar é repassar a área em troca de quitação de débitos trabalhistas, cíveis e dívida tributária, e uma quantia em dinheiro podendo ser parcelada por meses a qual serviria para construção de um Campo de Treinamento (CT).

Na redação do processo, há observação sobre as condições atuais do prédio da ACDP, informando que “o terreno era utilizado como clube, mas está inativado há mais de 10 anos”, mas reconhece que “atualmente, apenas o primeiro andar do imóvel é utilizado com regularidade, sendo alugado a uma escola de dança, enquanto a quadra de esportes também está em condições de uso”.

Foto: Divulgação

Por Marcos Santos/Jornal de Fato

 

 

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