André é destaque no site da Fifa

O atacante André passaria absolutamente despercebido em qualquer partida da Seleção Brasileira não fosse por um singelo motivo: ele joga muita bola. A situação pode ser de tensão máxima, decepção por gols sofridos ou comemoração: o potiguar de 34 anos mantém exatamente o mesmo semblante. Você não vai vê-lo batendo no peito depois de marcar um gol, reclamando com a arbitragem ou lamentando chances perdidas. É como se o fato de estar ali, à vista de todos, parecesse incomodá-lo. E, então, o camisa 9 se limita a fazer o estritamente necessário: jogar muito.
"É algo que vem de mim. Sou calmo, tranquilo e gosto de ficar na minha. Antes do jogo fico ali, pensando no que devo fazer e em como devo fazer. Então, quando entro no campo, procuro executar as coisas com calma", disse André ao FIFA.com num tom baixo e tímido, que em nada lembra o de alguém que acaba de anotar nada menos do que cinco gols numa partida apertada de quartas de final de Copa do Mundo. "Sou feliz por ser assim. Mesmo na hora do "aperreio", das dificuldades, eu tento manter a tranqulidade. Acho que resolvo as coisas melhor assim."
Que ele resolve as coisas bastante bem, não há dúvida. Mesmo não sendo a priori um dos nomes mais badalados do elenco dos tetracampeões, André Álvaro Batista do Nascimento tem sido a principal válvula de escape do Brasil na vitoriosa - embora dura - campanha em Ravena até aqui. Tanto que, após a performance magistral nos 10 a 8 sobre os nigerianos na prorrogação, o atacante subiu para a segunda posição na lista de artilheiros da competição com oito gols, só dois a menos do que o português Madjer, com quem estará frente a frente na semifinal deste sábado.
Com base na sua atitude sossegada, pode não parecer, mas o camisa 9 é, sim, à sua maneira, um dos líderes do grupo. "É mais ou menos o mesmo caso do Sidney: são dois dos meus caras de confiança já há cinco anos", confirma ao FIFA.com o técnico Alexandre Soares, que mal sabe por onde começar a desfiar elogios para o potiguar. "O André é um grande artilheiro. É, hoje, um atacante completo. Sempre que a coisa apertar para o nosso lado, pode ter certeza de que ele vai estar em campo. Tem sido assim e ele vem resolvendo."
Boa parte dessa confiança que o treinador deposita vem justamente do temperamento pacato. Alexandre sabe que, na hora em que precisar de alguém para estufar o peito e dar uma bronca nos companheiros, André não será a pessoa. Mas sabe exatamente o que esperar dele, venha a bronca que vier; a situação que for dentro ou fora de campo. "Como pessoa, ele é uma maravilha e, como jogador, um craque. O que mais é que eu, como técnico, poderia pedir?", sorri Alexandre. "É um jogador para termos no grupo até o dia em que ele não quiser mais".
Fonte: Trinua do Norte

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