Ele faz aniversário nesta quarta-feira, 27 de maio

Foi assim. Ainda garoto, a exemplo de tantos outros meninos do pé de engenho - Ilha Grande, Goianinha - tinha como principal divertimento jogar bola, inclusive, feita de meia. O tempo passou e já grandinho, foi convidado para participar de uma partida de futebol em outro engenho vizinho. Convite aceito, ele pegou emprestado um par velho de chuteiras de um vizinho e se mandou para o campo, onde seria realizado o jogo.
Dentro de campo, sem um pingo de organização, com exceção do goleiro, os outros atletas não guardavam posições. Ou seja, onde a bola estava, lá estavam também os outros dez. Tudo bem. Em meio ao jogo, numa cobrança de escanteio, ele subiu mais que todo mundo e fez um golaço contra. 
O lance provocou muitas reclamações e xingamentos por parte dos companheiros de equipe. Por isso, simplesmente, ele resolveu sair de campo por conta própria, com 1 a 0 para o adversário. O confronto continuou e no final o placar estampou 19 a 0. Como os xingamentos continuaram no caminho de volta para casa, ele resolveu não jogar mais. Abandonou esse tipo divertimento.
O tempo passou e já rapazinho, saiu do engenho para estudar em Natal, no Colégio Municipal João XXIII, que se situava na Rua Mermoz, onde hoje está erguido o Viaduto do Baldo. Nessa época existiam os Jogos Colegiais de Natal. Como nos dias de educação física participava das "peladas" sempre com bom desempenho, foi convidado pelo professor Oliveira para jogar pela seleção da escola.
O campo do Quartel da Polícia Militar era o local das aulas de educação física e dos treinamentos da seleção do colégio. Em um dos preparativos para os jogos, ele sofreu uma falta duríssima de um colega e revidou com certa violência. Resultado: foram os dois expulsos do treino. Inconformado, o colega continuou discutindo fortemente com ele fora de campo, porém, ainda dentro do quartel.
Então, ao observar a que discussão ainda continuava acirrada, o professor Oliveira ordenou a três policiais que se encontravam à beira do campo: "Sargento, se esses dois caras persistirem com a briga, prenda todos dois e só solte a amanhã, quando eu mandar". Mesmo entendendo que era brincadeira do professor, o militar respondeu: deixa comigo, professor!
Como aquela prática era a última para convocar a seleção, no final, o professor fez a leitura dos nomes dos relacionados, entre os quais, o (d)ele. Todavia, devido os acontecimento daquela tarde, ele desistiu de jogar pela seleção do colégio, apesar da insistência do professor. Afinal, segundo o professor, dos quatro que disputara a ponta-esquerda, ele teria sido o que apresentou a melhor performance. 
Mas, quem danado é esse ele tão falado neste espaço? Pessoal, ele é  o responsável por este blog, que nesta quarta-feira, 27 de maio, fica mais velho: completa 68 anos de existência.  Parabéns pela data!
Por Alison Lene Cirilo 

 

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