Uma conquista brasileira teve a força, literalmente, de um potiguar. Júnior França, parahalterofilista da Sadef, integrou a equipe mista que ganhou a prata na Copa do Mundo de Halterofilismo, em Tbisili, na Geórgia. Além de Júnior, completaram o trio vice-campeão a carioca Tayana Medeiros e o mineiro Mateus Assis . Curiosamente, os três foram os únicos integrantes da seleção brasileira que não conquistaram medalhas nas suas disputas individuais.
Para o atleta da Sadef, um resultado que colocou uma pedrinha no seu caminho para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. “Hoje, Júnior é o nono colocado no ranking mundial da categoria -49kg. Só oito se classificam. Um dos atletas à frente dele vai migrar pra outra categoria, -54kg, o que colocaria Júnior entre os oito e, consequentemente, em Tóquio”, explica o técnico Carlos Williams. O problema é que o ranqueamento será finalizado no dia 27 de junho, e até lá, ainda vai acontecer mais uma competição classificatória para os jogos, em Dubai. Júnior não participa dessa disputa, e corre o risco de ser ultrapassado.
Na Geórgia, pela primeira vez na carreira, ele não conseguiu validar a marca em nenhuma das três pedidas, e foi desclassificado. “Estou bem, tranquilo, com o sentimento de que dei o meu melhor. Acredito que não é o fim da minha luta pela vaga nas Paralimpíadas. Continuo confiante para que tudo dê certo”, diz o paratleta.
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio acontecerão de 24 de agosto a 5 de setembro, e a estimativa é que a delegação brasileira seja composta por 230 atletas. 178 em 14 modalidades já estão garantidos até o momento.
Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro
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