Potiguar Arthur Silva conquista ouro no judô nas Parolimpíadas

O judô brasileiro brilhou neste sábado, 7, nas Paralimpíadas de Paris, com a conquista de duas medalhas de ouro em um curto intervalo de tempo. O potiguar Arthur Silva, da categoria até 90kg (classe J1, para atletas cegos), foi o primeiro a subir no lugar mais alto do pódio, derrotando o britânico Daniel Powell na final. Minutos depois, o paraibano Wilians Araújo, também líder do ranking mundial, venceu o moldavo Ion Basoc na categoria acima de 90kg, garantindo o segundo ouro para o Brasil.

Arthur, potiguar e atual número um do mundo, iniciou sua campanha com uma vitória por Ippon nas quartas de final contra Turgun Abidiev, do Uzbequistão. Na semifinal, superou o turco Yasmin Cinciler com um Waza-ari e, em seguida, um Ippon. Após a vitória, emocionado, Arthur agradeceu a todos que o apoiam desde 2007:

“Eu estava ansioso antes da luta, mas consegui controlar o nervosismo. Eu queria muito vencer, e essa vontade me levou ao ouro”, declarou o atleta.

Wilians Araújo, por sua vez, também teve uma trajetória impecável, com três vitórias por Ippon em suas lutas. Na estreia, derrotou o uzbeque Yerlan Utepov, e, na semifinal, venceu Ganbat Dashtseren, da Mongólia. Ao todo, Wilians passou apenas 2min03s no tatame, em um tempo bem abaixo dos quatro minutos regulamentares. Após a conquista, o paraibano dedicou a medalha à filha:

“Essa medalha é para minha filha. Quero que ela se orgulhe de quem eu sou, uma pessoa com deficiência que venceu no esporte. A final foi difícil, eu já havia perdido para ele em maio, mas hoje foi minha quarta vitória sobre ele. É muito gratificante fazer essa história”, disse Wilians.

Arthur Silva perdeu a visão aos 18 anos, em decorrência de uma retinose pigmentar que começou na infância. Aos 2 anos, ele já sofria com a perda progressiva da visão. Após abandonar o futebol e o ciclismo, devido à cegueira, começou a praticar judô na adolescência. Já Wilians, vítima de um acidente com espingarda aos 10 anos, começou a treinar judô aos 16, em 2009, e desde então trilhou uma trajetória de sucesso no esporte.

Foto: REUTERS/Jennifer Lorenzini

Tribuna do Norte

 

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